terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Os fósseis brasileiros estão fugindo!

Seria cômico se não fosse trágico. Mas é a pura verdade. O que perdemos em fósseis, para turistas e aproveitadores espertinhos,  não está escrito em lugar algum. São vendidos em leilões, no mundo todo! Ou eram!
O que fazer? 
Como evitar a evasão de material fossilífero brasileiro? 
O Museu Municipal Coronel Tancredo Fernandes Mellono Rio Grande do Sul, teve a brilhante ideia de orientar os guardas da fronteira, integrantes da Receita Federal, sobre a proteção a esse nosso patrimônio. O Museu pertence à cidade de Santa Vitória do Palmar. Ela possui duas praias oceânicas que recebem muitos turistas por ocasião do verão. Turistas estrangeiros, em sua maioria. Acontece que inúmeros fragmentos fósseis são depositados novamente na linha das praias, trazidos pela maré e são coletados pelos turistas como conchinhas, caracóis e outros materiais. Esses fragmentos, porém, estão associados a fósseis.
Como é importante a comunicação entre os órgãos envolvidos em proteção e fiscalização, não é mesmo?
Essa "parceria" trouxe frutos imediatos: pelo ineditismo, talvez, e pela descoberta de que aqueles minúsculos fragmentos são fósseis! Resquícios, testemunhos de nossa história geológica e paleontológica. Maravilhoso!
A União é responsável pela custodia desses bens, cabendo a Estados e Municípios sua proteção e divulgação. Conhecer a legislação sobre jazigos fossilíferos e quiçá sobre artefatos arqueológicos, que também são alvo de predadores vorazes, é fundamental! 
Os integrantes do Museu, que contaram com o apoio da Sociedade Brasileira de Paleontologia, estão de parabéns.
A foto abaixo mostra um leilão da Christie's, Paris.
O crédito é do jornal O ESP, de 17 de abril de 2007.



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